Os dois bispos devem atuar de forma conjunta com seu rei para poder dar o mate em um dos cantos do tabuleiro.

Não se pode dar mate no centro do tabuleiro, uma vez que os dois bispos e o rei só podem dominar seis das oito casas que o rei dispõe para se mover.

A técnica adequada

1. A zona de mate é normalmente um canto do tabuleiro.

O mate no meio de uma das laterais é circunstancial, pois não se consegue forçá-lo. No centro do tabuleiro é impossível pois o rei solitário sempre encontra uma fuga.

2. O procedimento para “levar” o rei adversário precisa da colaboração do rei forte.

Os bispos formam uma barreira impenetrável nas diagonais adjacentes.

Este “muro de arrimo” deve ser deslocado progressivamente até o canto escolhido, aonde o mate torna-se muito simples.

Um exemplo

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1. Rf2 Rf4

O Rei afasta-se dos cantos.

2. Bc3 Re4

Os dois Bispos começam a controlar as diagonais adjacentes, enquanto que o rei solitário procura o centro do tabuleiro.

3. Bc4 Rf4

A mobilidade do rei preto vai sendo restringida, embora ele siga no centro.

4. Bd3 Rg4

5. Bd2 Rh4

O outro bispo ocupa a diagonal preta.
Fecha-se o cerco!

6. Rf3 Rh5
7. Bf5 Rh4
8. Bg6 Rh3
9. Bg5 Rh2
10. Bf5 Rg1
11. Bh3 Rh2
12. Rg4 Rg1
13. Rg3

O rei forte colaborou ativamente, chegando-se à posição ideal para dar o mate!

13… Rh1
14. Bg2+ Rg1

15. Be3++

IMPORTANTE

O mecanismo deste final é atrair o rei solitário ao triângulo menor de um dos cantos.

O outro bispo debe estar longe, para evitar o perigo do afogamento.